quarta-feira, 6 de março de 2013

Professora da Educação Infantil Municipal lança livro falando do lado oculto do ser humano



O lançamento do livro “O Buraco e outros texto” da professora Fernanda Paz, Editora Multifoco, acontecerá no dia 15 de março no Clube dos Diários às 20h.

O livro “O BURACO” além de ser o título do principal texto da obra, é uma sugestão ao lado mais profundo do ser humano, tudo o que de alguma forma jogamos em um buraco a fim de ocultarmos dos outros e de nós mesmos.

O conceito principal é que situações cotidianas ou fictícias podem ser repassadas ao público de forma simples e acessível. A literatura está ao nosso lado a todo minuto, qualquer um de nós pode ser um personagem principal cheio de dilemas ou loucuras em uma história qualquer. Outro importante conceito é a alerta à rapidez do dia-a-dia que engole facilmente desejos e anseios impondo a cada um de nós “trabalhos forçados” e cabe a cada um encontrar sua fuga. A temática da feminilidade também é um conceito forte que permeia o livro, as características exclusivas e exageradas que faz da mulher o ser louco e admirável pela cena literária geral. 

Fernanda Paz é estudante de Artes plásticas na Universidade Federal do Piauí, graduada em Pedagogia pela Universidade Estadual do Piauí. Trabalha com educação infantil na Prefeitura Municipal de Teresina e cursa especialização nesta área pela Universidade Federal do Piauí. Estudou teatro na Oficina Permanente de Teatro Procópio Ferreira. Participou da obra Antologia Transcultural de Poesia Feminina com organização de Algemira Mendes e Marleide Lins. 

Aqui está um trecho do capitulo:

“As moradias são do tamanho das humanas, com móveis de verdade. Só que estes são programados. A TV passa quase o dia inteiro ligada. Existem coisinhas parecidas com trilhos dentro da casa que fazem os bonecos se mover por ali bem como na rua.

Na casa que eu vivo, existem dois bonecos. Um feminino e outro masculino. De manhãzinha o boneco se levanta e se direciona para fora de casa, e passa o dia por lá mesmo. Acredito que seja uma espécie de trabalho, já que esporadicamente ele chega com coisas novas, as coisas que vemos na TV. A boneca vai para a cozinha. Eu fico por ali observando o movimento. Também aproveito pra ler. Há muitos livros, mas não são tocados. Acho que não existe ainda mecanismo de leitura nesses bonecos, apesar de se alimentarem e fazerem outras coisas dignas de humano.

Sinto-me estranha. Eles não conversam. Nada de sentimento, nada de afeto." 

(Moro numa cidade de bonecos, texto do livro “O BURACO e outros textos”, Fernanda Paz)

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